Dimensão | Aula | Nº de horas |
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Teórico-Metodológica | Fenomenologia | 20 |
Filosofias da Existência | 22 | |
Introdução à Psicoterapia Existencial | 20 | |
Psicopatologia Fenomenológico-Existencial | 24 | |
Prática | Grupo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional (GDPP) | 30 |
Entrevista Clínica e Processo Terapêutico | 28 |
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Grupo Discussão Político-Social | 14 |
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Supervisão Clínica | 26 | |
Clínica | Prática Clínica | 40 |
Fundamentos epistemológicos da Psicoterapia Existencial. Introdução à fenomenologia, teoria do conhecimento, conceitos essenciais e método desta escola do pensamento. Aprofundar conhecimento sobre as filosofias da existência, a sua concepção do Homem e dos grandes temas existenciais. História, principais escolas e correntes, dimensões centrais e transversais da psicoterapia existencial. Introdução e aprofundamento da psicopatologia fenomenológico-existencial. Leitura fenomenológico-existencial das categorias nosológicas, e estudo do desenvolvimento da psicopatologia compreensiva, sob influência da fenomenologia-existencial.
Para além do grupo de desenvolvimento pessoal e profissional e supervisão clínica, seminários recorrentes do curso de formação, os seminários práticos do 1º ano têm como principal objectivo a aquisição de competências de entrevista clínica, condução de primeiras consultas psicológicas e do estabelecimento de um processo terapêutico. Saber interpretar o pedido, estabelecer o contrato terapêutico, e delinear objectivos para a terapia são competências essenciais trabalhadas no primeiro de formação. Consciencialização, através de grupos de discussão, de dimensões políticas, sociais e culturais presentes no mundo da psicoterapia.
O primeiro ano tem como objectivo central desenvolver um conhecimento de base, mas consistente, sobre as raízes epistemológicas da psicoterapia existencial. Aquisição de conhecimentos sobre conceitos fundamentais. Estar inserido no contexto científico e cultural, desenvolvimento histórico e influência da fenomenologia-existencial na psicopatologia e na psicoterapia. Aprendizagem dos fundamentos da psicopatologia e da psicoterapia existencial. No final do ano o formando deve sentir-se integrado nos conhecimentos chave da abordagem terapêutica e ter noções essenciais de entrevista clínica e de estabelecimento de um processo terapêutico.
Dimensão | Aula | Nº de horas |
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Teórico- Metodológica | Psicologia Fenomenológico-Existencial | 30 |
Psicoterapia Existencial I | 36 | |
Hermenêutica e Processo Relacional | 14 | |
Prática | Observação e Treino da Experiência Terapêutica (OTEP) | 24 |
Espontaneidade e Psicoterapia | 26 |
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Supervisão Clínica | 58 |
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Clínica | Prática Clínica | 100 |
Integrar e aprofundar conhecimentos de conceitos psicológicos como consciência, self, percepção, corpo, memória, intersubjectividade, entre outros temas no âmbito da psicologia fenomenologica-existencial. Interpretar os conceitos da psicologia fenomenológica no contexto psicoterapêutico. Perceber a especificidade de aplicação do método fenomenológico e hermenêutico no âmbito das ciências psicológicas e em particular na psicoterapia. Aprofundar competências relacionais e de intervenção terapêutica de cariz fenomenológico-existencial. Desenvolver uma leitura existencial de casos clínicos. Compreender a hermenêutica como teoria da interpretação do processo relacional e do desenvolvimento de uma identidade pessoal.
Ser capaz de, em exercícios práticos, pôr em acção o saber fazer da psicoterapia existencial. Exercitar e treinar competências relacionais específicas desta abordagem teórica, com especial ênfase nas diversas acções que estão incluídas no “estar-com” (descrição fenomenológica; a espera activa; a escuta genuína; a activação reflexiva; a aceitação; o un-knowing; a clarificação compreensiva; a confrontação existencial, a interpretação, reformulação; a validação experiencial etc.). Desenvolver capacidades experienciais, de espontaneidade, no âmbito da relação com o outro. Fomentar aptidões para identificar dimensões emocionais de si mesmo, presentes no encontro terapêutico. O seminário de Observação e Treino da Experiência Terapêutica será dividido em exercício experienciais destas competências de intervenção e análise de casos clínicos que incluirá uma leitura em termos da psicopatologia fenomenológico-existencial.
O segundo ano de formação tem como objectivo integrar e aprofundar conhecimentos específicos das ciências psicológicas numa perspectiva da psicologia fenomenológico-existencial. Se o primeiro ano é uma introdução à escola da fenomenologia existencial, o segundo, promove uma assimilação dos conhecimentos para a praxis psicológica e psicoterapêutica. A dimensão prática tem dois objectivos: exploração experiencial do si mesmo no espaço relacional e a aquisição de competências de intervenção terapêutica. Em conjunto o formando deverá estar apto para sedimentar a integração entre uma leitura existencial do caso e a sua intervenção terapêutica. Nesta deve ser capaz de expressar capacidades para estabelecer uma relação autêntica e de confiança não obstante ter noção de skills específicos da escola existencial.
Dimensão | Aula | Nº de horas |
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Teórico- Metodológica | Psicoterapia Existencial II | 24 |
Psicologia Fenomenológico-Existencial do Desenvolvimento | 20 | |
Investigação em Psicoterapia | 20 | |
Prática | Observação e Treino da Experiência Psicoterapêutica (OTEP) | 20 |
Grupo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional (GDPP) | 26 |
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Aliança Terapêutica e Rupturas | 20 |
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Supervisão Clínica | 58 | |
Clínica | Prática Clínica | 130 |
Adquirir conhecimentos de investigação em psicoterapia. Identificar as principais temáticas, controvérsias e resultados da investigação internacional em psicoterapia. Desenvolver competências essenciais para a elaboração de projectos científicos de investigação em psicoterapia. Identificar algumas especificidades que se possam colocar à intervenção terapêutica existencial, nomeadamente, explorar a intervenção breve, a aplicação da psicoterapia existencial em diversos em contextos profissionais. Aprofundamento de temáticas presentes na relação terapêutica existencial (evitamento; emoções; sexualidade, etc.). Conhecimento da visão fenomenológico-existencial do desenvolvimento.
Aprofundar conhecimentos teóricos-práticos específicos sobre a aliança terapêutica. Desenvolver competências específicas de monitorização da aliança terapêutica e de intervenção nas rupturas da aliança terapêutica. Exploração e treino de rupturas terapêuticas como processos relacionais de novas dinâmicas terapêuticas. Contacto com o focusing como processo de intervenção terapêutico. Continuação da exploração pessoal e profissional e análise de casos clínicos em supervisão.
O terceiro ano centra-se no aprofundamento da condução do processo terapêutico. Pressupondo que o estabelecimento de uma relação terapêutica está alcançado, é, no entanto, fundamentalmente dinâmica e com especificidades próprias de cada díade. O objectivo é a aquisição de competências para lidar com as rupturas das alianças terapêuticas, desenvolver capacidades para análise crítica do processo terapêutico e ser capaz de utilizar princípios de intervenção como o focusing. Do ponto de vista teórico o formando adquirirá conhecimentos específicos do modelo de clínico-investigador. Ter noções sobre os principais resultados da investigação de psicoterapia que poderão informar a sua prática. Visão essencial da perspectiva fenomenológico-existencial do desenvolvimento humano.
Dimensão | Aula | Nº de horas |
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Teórico- Metodológica | Psicoterapia Existencial III | 24 |
Psicoterapia Existencial de Grupo | 16 | |
Estudos Casos | 16 | |
Temas Avançados em Psicoterapia Existencial | 18 | |
Prática | Observação e Treino da Experiência Psicoterapêutica (OTEP) | 34 |
Observação e Treino da Experiência Terapêutica | 35 |
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Grupo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional (GDPP) | 24 | |
Supervisão Clínica | 58 | |
Clínica | Prática Clínica | 130 |
O quarto e último ano têm por finalidade aprofundar conhecimentos sobre a finalização do processo terapêutico. Desenvolver saber específicos sobre o trabalho do término de uma relação terapêutica. Um segundo objectivo é o de sistematizar conhecimentos relativos à intervenção existencial no âmbito de grupos. Em paralelo realizam-se estudos em temas avançados em psicoterapia existencial.
Em paralelo com a componente teórica, para além da supervisão clínica, os seminários experienciais servirão para pôr em prática o saber fazer relativo à finalização do processo terapêutico. O seminário de desenvolvimento poderá ser um laboratório vivo e experiencial para analisar a experiência de grupo e a experiência de finalização enquanto tal, visto estar-se também no ano final do curso de formação.
No quarto ano o formando deve ganhar consciencialização sobre a condução do fim de uma psicoterapia e das especificidades teóricas, relacionais que advêm desse processo. Pretende-se que o formando tenha um saber teórico-prático para lidar com a finalização da terapia, independentemente, de ser um processo breve ou longo. Deve também ter competências para conduzir intervenções em contexto grupal. Finalmente, o último ano do curso é espaço para aprofundamento de temas avançados.
Ao longo dos quatro anos do curso sugere-se que sejam efectuados seminários temáticos considerados relevantes e complementares para a formação de psicoterapeutas. Delineiam-se alguns temas que têm como único objectivo exemplificar o pretendido.
Formar sujeitos críticos, com uma visão sobre o mundo, que interrogam os seus pressupostos teóricos em permanência, com competências clínicas e de investigação científica.
Temos todo o gosto em falar consigo e responder às suas questões e dúvidas.