Processo Terapêutico
O que é Psicoterapia Existencial

História

A psicoterapia existencial está estruturalmente ligada ao existencialismo e à fenomenologia, duas correntes da filosofia que se tornaram proeminentes no princípio do séc. XX, juntamente com o neo-kantianismo, o idealismo, a hermenêutica, o empirismo e o positivismo.
O dinamarquês Soren Kierkegaard é amplamente reconhecido como o primeiro filósofo existencial, tendo em 1840, dezanove anos antes da publicação da obra de Darwin “A Origem das Espécies”, começado a colocar pela primeira vez as ideias do existencialismo em papel.

A ideia da existência e da experiência individual, a angústia e o desespero de termos de fazer escolhas perante a incerteza, a busca de um sentido e propósito, a liberdade e a responsabilidade que a acompanha, a autenticidade, a vontade, os inevitáveis factos da vida e a recusa de sistemas totalizantes, começaram a ganhar força e lugar na sociedade de então e em particular na literatura de Fyodor Dostoievsky, Friedrich Nietzsche e Arthur Schopenhauer, mas também na pintura de Van Gogh por exemplo.

Com o surgimento da fenomenologia trazido pela mão de Edmund Husserl e pela tentativa posterior por parte do seu discípulo, Martin Heidegger, em integrá-la no pensamento existencial quando este publicou em 1927 a obra “Ser e Tempo”, esta abordagem viria a espalhar-se por diferentes áreas do conhecimento humano como na filosofia de Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Maurice Merleau-Ponty e Albert Camus, na teologia de Paul Tillich e Martin Buber, na sociologia de Emile Durkheim, na antropologia de Ernest Becker e Max Scheler, mas também na história e no direito.

As áreas da psiquiatria, psicopatologia, psicologia e psicoterapia, também não ficaram imunes a este movimento e foram integrando estas ideias nos seus enquadramentos teóricos e práticas clínicas, nomeadamente em modelos como a teoria da gestalt, a psicologia humanista e a psicoterapia existencial.

Na psiquiatria e psicopatologia vieram as contribuições de Karl Jaspers e Eugene Minkowski. Na psicologia as de William James, Otto Rank e Erich Fromm e no campo das terapias existenciais desenvolveram-se escolas que ainda hoje se mantem proeminentes como a Daseinanálise (Ludwig Binswanger, Medard Boss), a Logoterapia (Viktor Frankl, Alfred Laingle), a Escola Americana Humanista-Existencial (Rollo May, James Bugenthal, Kirk Schneider, Irvin Yalom) e a Escola Britânica de Psicoterapia Existencial (Emmy van Deurzen, Ernesto Spinelli, Greg Madison).
Os teóricos e escritores mais profícuos na psicoterapia existencial nas últimas duas décadas têm sido Emmy van Deurzen, Kirk Schneider, Irvin Yalom e Mick Cooper. Atualmente, a psicoterapia existencial goza de uma rica tradição, com mais de 120 instituições de psicoterapia espalhadas pelo mundo, sendo usada numa variedade de problemas.

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